A história da válvula 6B4G começa em 1935, com o lançamento da válvula AD1 pela Philips. O mesmo projeto da válvula AD1 foi usado pela RCA para criar a válvula 2A3 e pela Sylvania para a válvula 6A3. A válvula 6B4G é a última versão da série e se distingue das demais pelo filamento para 6,3V e a base octal. Todas as outras características da válvula 6B4G são idênticas as suas antecessoras.
Do ponto de vista construtivo, a válvula 6B4G é um triodo de aquecimento direto e filamento recoberto por óxido metálico. O uso de óxido metálico confere a válvula 6B4G uma transcondutância muito elevada para um triodo. Com isso, a válvula 6B4G é capaz de entregar uma potência de áudio bastante alta, mesmo operando em classe A. Um par da válvula 6B4G operado em push-pull com polarização fixa pode produzir até 15W de potência com apenas 2,5% de distorção harmônica total. A distorção da válvula 6B4G pode ser ainda menor caso se use realimentação negativa.
Diferente de outros triodos de aquecimento direto, a válvula 6B4G foi desde o início pensada para uso em áudio. Por conta disso é usado na válvula 6B4G o filamento recoberto por óxido em lugar do filamento de tungstênio toriado, característico de válvulas de transmissão.
Quando operando em push-pull, é recomendado que cada válvula 6B4G tenha um ajuste de polarização (bias) independente. Devido a alta transcondutância da válvula 6B4G, mesmo o menor assimetria entre os enrolamentos do transformador de saída ou das válvulas exitadoras, pode levar o estágio a um desbalanceamento significativo. Com ajustes indepententes, cada válvula 6B4G pode ser levada a operar em um ponto adequado, equilibrando todo o conjunto.
Para mais detalhes sobre a válvula 6B4G, recomendamos a leitura da ficha técnica da válvula AD1 Philips, da válvula 2A3 RCA e da válvula 6B4G
Ficha técnica da válvula AD1 Philips
Ficha técnica da válvula 2A3 RCA
Ficha técnica da válvula 6B4G